E é no último dia de Junho que estamos e já sentimos mais o país e as pessoas. Estamos em casa.
Há quase qualquer coisa de estranho na proximidade das classes dirigentes com o povo. Tudo parece natural e honesto. As oportunidades existem e embora não seja possivel escrevê-lo, a quem meia palavra bastar facilmente perceberá que o projecto vai crescer.
Entre o carbonífero e o pérmico, no Museu Nacional de Geologia, há duas vistas para a avenida 24 de Julho. Entre as janelas está a vitrine onde alguns fósseis de sinapsídeos ficarão orgulhosos a descansar. Há que tratar de os limpar e iluminar. Como se o Sol africano que passa pelas duas grandes janelas não bastasse, o móvel apresenta seis pontos de luz e temos que lhe fazer chegar corrente.
Como é claro, é já sem qualquer surpresa que encontramos nos detalhes as mais fortes lições a aprender.
Um cabo eléctrico tem sempre duas pontas, uma de cada sexo. Ligar o móvel é simples, basta passar o cabo por ali, pegar na ponta macho e... BANG! O mindinho e o anelar estalaram num grito que chegou ao jardim. Tem sempre duas extremidades, mas nem sempre de sexos opostos.
Às vezes é melhor ter a certeza sobre o número de machos que está numa sala antes de se querer estabelecer qualquer tipo de ligação.
Amanhã com dois dedos dormentes há uma palestra na Universidade Eduardo Mondlane para alunos e professores. Esperemos que ninguém goste de apertar a mão com força.
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