Por enquanto, não quero de forma alguma defender a Igreja no que diz respeito ao que tem vindo a público nos últimos dias.
Mas, como qualquer bom provocador, o Conjurado não podia ficar sem postar nada.
Copio, um texto de José Luís Seixas que encontrei por aí...
« Primeiro lugar-comum: A Igreja Católica é constituída por homens sujeitos às fragilidades da sua condição é um lugar-comum. Poucos são os ungidos pela Santidade. O Povo de Deus é formado por pecadores que esperam a remição das suas faltas. E tantas são.
Segundo lugar-comum: As denunciadas práticas de pedofilia imputadas a sacerdotes católicos são chocantes e indignam de forma especial os próprios católicos. São ofensas gravíssimas às crianças e a Deus, cometidas por quem as devia proteger e educar.
Terceiro lugar-comum: O ocorrido em instituições da Igreja Católica passou-se em instituições de outras Igrejas, de organizações laicas, do próprio Estado e passa-se, infelizmente, no seio de muitas famílias. Entre nós o infindável “Processo Casa Pia” deixou no ar muitas e muitas interrogações sobre os comportamentos de uns e as omissões de outros. E falamos de tempos recentes. Não remontamos a meio século atrás em que a valoração destes actos era outra e os silêncios acobertavam prevaricadores com relevância pública conhecida.
Quarto lugar-comum: Esta factualidade nada justifica ou branqueia. Ao contrário do mundo secular, a Igreja prostrou-se perante o sacrifício e a dor das vítimas de tais perversões. Pediu desculpa num gesto de profundo sofrimento. Reparou o que pôde reparar. E submeteu à Justiça dos homens os crimes praticados.
O que também é lugar-comum: Tudo isto é indiferente ao fundamentalismo ateísta, alimentado por ódios, recalcamentos e muita irresponsabilidade. Ver beliscada a autoridade moral da Igreja através de comportamentos indignos de alguns sacerdotes é uma prebenda que desfruta com indizível deleite. Ao pé desta campanha, o anticlericalismo jacobino da Carbonária era um jogo de playstation! »
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