sábado, 29 de março de 2008

Espectáculo.

"A primeira vez que fazemos uma coisa é Ciência, a segunda vez é Tecnologia, a terceira já é trabalho de técnicos..." a partir daí é só aborrecido.
Por isso é que a Ciência é um ESPECTÁCULO. Benditas palestras TED!



E para quem nunca viu uma garrafa com um só lado, uma chamada "garrafa Klein", cá vai um link da WIKI.

Brincar com a Evolução.

Podemos brincar com tudo e digo: mesmo tudo. A priori não vejo limites para que não possamos ver seja aquilo que for, com humor. Nem consigo imaginar quais são os casos em que deveríamos ter cuidado antes de transmitirmos essa nossa visão. Afinal o cómico começa por ser uma visão particular nossa que em nada se altera ao ser comungada por outros. É por isso que muitas vezes não entendo a frequência com que os mais diversos grupos de pessoas se ofendem ou se opõem à publicação de brincadeiras. É claro que isso só acontece se as brincadeiras se debruçarem sobre aquilo que une esse "grupo de pessoas". Chega mesmo a parecer que o critério é: se brincares com os outros tudo bem, se brincares comigo nem pensar.
Doi assim tanto parecer ridículo? será o riso assim tão subversivo? será isso mau?
Talvez, mas só enquanto todos o virmos assim.

Como exemplo deixo aqui um vídeo que me enviaram. É uma sátira sobre Epistemologia das Ciências. Sim, Epistemologia da Ciências, por ser um palavrão parece ter um significado muito profundo. Mas é muito simples de definir: é o estudo de como sabemos o que sabemos. A definição é fácil agora estudar Epistemologia é bem mais complicado.
De qualquer das formas como não quero perder, por agora, mais tempo com assuntos sérios cá vai a brincadeira sobre o que pessoas como Dawkins, Dennett, Harris, Hitchens e outros pensam sobre a forma de sabermos o que sabemos.

Já que a regra é "brincar com os outros tudo bem, brincar comigo nem pensar" e como, epistemologicamente, não me incluo nesse grupo de notáveis quero lá saber e cá vai disto.





«My name is D to the I to C to the K, Yeah I'm the Dickie D,
I gots my PhD and comin' your way on the Youtube to bust your world view so just listen to me and don't you argue.

You see, this battle's been ragin' since Zeus was on the bottle, 'tween Science like Democritus and Faith like Aristotle,
who said the mover was unmovin' like some magic trick but
that's no good logic, my posse is far too quick for this
religious schtick.

Coz science is the only way to know y'all, you stand with me y'all, or you can fall y'all

So go ahead and take your pick...

ES: Yeah you tell him Rick ...
Darwin: Coz if you don't know me ...

RD: YOU DON'T KNOW DICK!!

Chorus: Yeah he's the Dick to the Dawk to the PhD,
he's smarter than you he's got a science degree!
Yeah he's the Dick to the Dawk to the PhD,
he's smarter than you he's got a science degree!

SH: On the shoulders of midgets we built up this machine,
DD: YEAH!!!

RD: Science silenced that watchdog wingnut Paley
growing stronger and harder almost daily, storming Wilber by force as we framed the discourse that faith and science are split in schismatic divorce.

Then Darwin took to the seas to see what no one had seen, and ever since then we've been increasingly keen, they may never adore us, but they'll no longer ignore us,

give it to 'em PZ hit these *BLEEP* with the chorus!!!

Chorus : Yeah he's the Dick to the Dawk to the PhD,
he's smarter than you he's got a science degree!
The Dick to the Dawk to the PhD,
he's still smarter than you he studied biology!


Then there was Darrow dukin' it out with the straight and the narrow,
a ragin' bull in the ring, he did his thing, and took it on the chin like he was Bobby De Niro.

We might have lost at Scopes, beaten down by the dopes, and the stooges of popes, but in losin' we coped, becomin' more than we hoped, creationists slipped on the soap of their own slippery slope.

What was impossible, improbable, is now wholly unstoppable untoppleable, the Dick Dawk'll roll up as you creationists foldup

you haters talkin' bull,
don't you know that this Dick is un-*BLEEP*-frickin' blockable ...

Chorus: Yeah he's the Dick to the Dawk to the phd,
he's smarter than you he's got a science degree!
The Dick to the Dawk to the phd,
he's still smarter than you he studied biology!

Now the machine of our making, sees culture ripe for the taking,

Coz I'm the rappinest, rabidest atheist who unlike the Catholic, Muslim, or even the Jew, believes that no God but science could ever be true, hell if I was dyslexic I'd even hate "dog" too.

Time to open your eyes, get yourself wise, the age of sciences'll rise to be religion's demise,

and while you churchies all cry, shouting 'why God oh why,'I'll still be poppin' my collar earning more dollars than Allah.

Hollah!

Chorus: Yeah he's the Dick to the Dawk to the phd,
he's smarter than you he's got a science degree!
The Dick to the Dawk to the phd,
he's still smarter than you he studied biology!

Chorus: Yeah he's the Dick to the Dawk to the phd,
he's smarter than you he's got a science degree!
The Dick to the Dawk to the phd,
he's still smarter than you he studied biology!

[repeat chorus]»


Nota1: O ridículo neste vídeo está tanto nas incongruências de alguns ateus como nas intenções dos IDiotas que fizeram(?) esta brincadeira. Gozar com as coisas não nos dá razão, apenas pode tornar tudo mais divertido.
Nota2: A letra foi retirada hoje 1 de Abril (até parece mentira) às 15:50 do blog do

quinta-feira, 27 de março de 2008

DESCUBRA AS DIFERENÇAS

Post do Conjurado
Terça-feira, 25 de Março de 2008

http://conjurado.blogspot.com/2008/03/impressionante.html



Post do Ciência ao Natural

Quarta-feira, 26 de Março de 2008

http://cienciaaonatural.blogspot.com/2008/03/robtica-levanta-te-e-caminha.html


«Não é copiar, é homenagear a Natureza, esta apropriação de métodos!»


quarta-feira, 26 de março de 2008

O Filho da Mãe.
























Raios partam o RNA e mais quem o empacotou num invólucro proteico!
Nem sei se podemos dizer que um vírus tem mãe, mas se pudéssemos este seria sem dúvida um dos grandes Filhos da Mãe [e só não troco "mãe" por nenhuma profissão milenar porque isso seria ainda menos científico, suspeito que os Orthomyxoviridae não prestem serviços sexuais a troco de dinheiro].

Resumindo, estou a chá e torradas que é o que a avozinha diz que faz bem...


terça-feira, 25 de março de 2008

Impressionante.

Chama-se BigDog e nunca tinha visto nada assim, funciona a gasolina é espantoso. Este cão/cavalo robô desenvolvido pela Defense Advanced Research Projects Agency (DARPA) consegue caminhar de uma forma completamente impensável para uma engenhoca desenhada pelo Homem.

Para quem não sabe a DARPA é uma agência financiada pelo Departamento de Defesa Norte Americano e consegue encontrar soluções muito engraçadas: desde bombardeiros super sónicos não tripulados até à criação da Internet!!

Os militares americanos andam relamente entretidos a fazer das suas...

quarta-feira, 19 de março de 2008

Obrigado.

Arthur C. Clarke (1917 -2008)

















"When a distinguished but elderly scientist states that something is possible, he is almost certainly right. When he states that something is impossible, he is very probably wrong."


A triste noticia aqui.

segunda-feira, 17 de março de 2008

Parabéns Pedro! Já começa a ser um hábito.

Já com algum atraso transcrevo a boa notícia:


"Arquitectos Portugueses ganham concurso internacional

Uma equipa de arquitectos portugueses está entre a dezena de vencedores de um concurso de propostas de habitações para vítimas de catástrofes.

Os portugueses AJLS Arquitectos (João Sequeira, Ana Figueiredo, Marta Moreira e Pedro Miguel Ferreira) estão entre os 10 vencedores da competição «E se em Nova Iorque? concurso de design para construção de habitações após uma catástrofe», que contou com 465 participantes de 52 países.




















O que aconteceria a Nova Iorque (que tem uma população de oito milhões de pessoas junto a uma frente marítima) se fosse atingida por um furacão de categoria 3 (como é o caso de um furacão registado em 1938)? Se a zona residencial mais densamente povoada visse destruídas milhares de casas em poucas horas? Se milhares de pessoas ficassem sem casa, sem poder ir trabalhar ou à escola? Se as ruas fechassem e fossem inundadas?

Os concorrentes foram convidados a imaginar uma situação de catástrofe dentro de uma zona de 2,6 quilómetros quadrados de Nova Iorque, em que habitantes de cerca de 38 mil casas precisassem de habitações temporárias para retomar a sua vida.


















As casas, que deviam estar prontas assim que possível, deviam ser seguras e razoavelmente espaçosas, incluindo nelas tudo aquilo que esperamos ver numa habitação: sítios para comer, dormir, guardar coisas ou fazer a higiene.
As propostas deviam considerar a reciclagem e reutilização dos materiais destes abrigos temporários (assim que as casas definitivas que os viessem substituir ficassem habitáveis) em futuros cenários de catástrofe ou em outros cenários em que fossem precisos.

O concurso internacional foi organizado pelo Gabinete de Gestão e Planeamento de Emergência de Nova Iorque (New York City Office of Emergency Management), uma entidade criada em 1996 para prevenir e preparar os habitantes para emergências, coordenar os trabalhos de recuperação e recolher fundos para a reconstrução dos edifícios e apoio das vítimas.

Financiado por uma série de entidades públicas e privadas, entre as quais a Fundação Rockfeller, o concurso recebeu, ainda, o apoio organizacional da Architecture for Humanity New York, uma filial da organização sem fins lucrativos que se dedica à promoção de trabalhos de arquitectura que respondam a crises sociais e humanitárias de todo o género e em qualquer parte. "


Retirado daqui.

quinta-feira, 13 de março de 2008

Eu Vou!

Já tenho idade para ter juízo.

Caros conjurados recomendo sem sombra de dúvidas esta Estreia Mundial !!!
Especialmente para quem já está farto dos zés, dos gatos e dos que se levantam para nos fazer rir...


LISBOA
Sala principal do Teatro da Trindade
5, 12, 19, 25 e 26 de Abril de 2008


terça-feira, 11 de março de 2008

A Monarquia das bananas

A propósito de uma discussão que tive cá por casa lembrei-me de escrevinhar umas linhas sobre a sempre fresca querela que debate a melhor forma de regime: se é uma monarquia ou uma república. Para mim sempre foi pacífico que o melhor seria viver num país onde todos somos iguais em dignidade. E se isto parece claro e óbvio, também o é que todos devemos ter o direito de poder desempenhar qualquer função estatal, desdo a base até ao topo. Só nos devemos limitar pelas nossas capacidades e pelo mérito que delas resulta. Sempre pensei que era só isto que deveria servir de distinção numa verdadeira meritocracia.

Esteve tudo isto – sempre transparente – na minha mente.

Esteve, no pretérito, mas já não está.

Conversando e conversando, converti-me. Sou monárquico. Não um monárquico qualquer mas sim um monárquico especial. Melhor que me catalogar deixem-me contar-vos como me converteram.

Segue-se o meu caminho de Damasco, foi mais ou menos assim:


Eu – Olá, viva a República!

OutroOlá… diz-me como podes ser tão cegueta que não vejas que o filho mais velho do Rei devia ser o próximo chefe de estado? Não vês que em Espanha é assim? Não me digas que é só coincidência os nuestros hermanos serem bem mais desenvolvidos que nós, ou queres ver que a constituição deles não presta? É por estas e por outras que temos uma República das bananas!

– Sim, sim. Mas eles são os primeiros a querer mudar a constituição para que as mulheres possam herdar o trono em igualdade com os homens.

- Tens razão. Seria melhor que o filho ou filha mais velho(a) do Rei fosse o próximo(a) chefe de estado. Sem distinção entre os géneros. Ou não?

- Não. Porquê o mais velho? Eu sou filho do meio. Imagina lá tu que os meus queridos pais me iam deixar um reino … tanto seria justo a minha irmã mais velha se revoltar por ser preterida por causa do sexo como eu me revoltar por ser preterido por causa da data do meu nascimento… e já agora a minha irmã mais nova também se revoltaria com toda a justiça já que ela ficaria sempre para trás em qualquer dos casos.

- Pronto está bem, mas seria tão bom viver num pais onde qualquer um dos filhos do Rei poderia ser herdeiro sem discriminações…

- E agora pergunto eu, como escolherias qual deles seria o próximo Rei? Tiravas à sorte?

- Não sejas irónico, claro que não. Seriam todos educados para poderem ser Reis ou Rainhas e escolhia-se o melhor!

- E já agora, como é que se escolhia o melhor?

- Bem escolhiam os pais… quer dizer… mas os pais (pelo menos um) já estariam mortos. Então escolhiam os nobres, ou as cortes… ou… já sei. Eram escolhidos por uma comissão de sábios depois de um período de avaliação. Epá genial! Como é que ninguém se tinha lembrado disso!?

- E define lá isso de “comissão de sábios”.

- Era simples… bem… quer dizer… olha só para não dizeres que não defendo a democracia até nem me chocava que fossem os parlamentares a avaliar os príncipes e as princesas.

- Sim isso era giro mas voltando um pouco atrás. Se os filhos bastardos do rei quisessem ser avaliados pelo parlamento podiam ou não podiam? Afinal eram filhos do Rei.

- Como se o reis actuais tivessem assim tantos filhos bastardos. Mas ok, não fugindo à tua pergunta, podiam sim, não havia problema. A regra é serem filhos do Rei.

- Só os filhos do Rei? Só esses?

- Sim só esses.

- E se o Rei não tivesse filhos?

- Lá estás tu a complicar. Bom se não houvessem filhos, íamos aos sobrinhos e irmãos do Rei e por ai fora… tínhamos era de os educar para serem chefes de estado, logo desde pequeninos.

- Mas não valem só os filhos do Rei? Afinal os sobrinhos e a família real (desde que educados para tal) são perfeitamente capazes de se tornarem chefes de Estado, certo?

- Sim certo. Isso era ainda mais seguro e justo. Era uma monarquia aperfeiçoada.

- Devíamos era educar todos os familiares do Rei para poderem ser avaliados pelo parlamento quando chegasse a infeliz notícia da morte do Rei.

- Sim sim, isso mesmo. Não me choca nada.

- Pois a mim também não. Só acho é que era ainda melhor se não restringíssemos aos familiares do Rei. Porque não às famílias dos nobres todos e aos seus amigos mais próximos?

- Ok pronto…Vá lá dos nobres e os seus amigos mais próximos. Mas a mais ninguém!

- Mas mais ninguém? Porquê mais ninguém? O que é que os amigos dos nobres são mais que tu e eu? Era só que faltava.

- Ok ok. Pronto ganhaste tenho de concordar. Podiam ser todos, desde que tivessem educação e fossem os melhores.

- E a que tipo de educação te referes?

- Conhecer o mundo, saber falar várias línguas, ser culto, saber ciência e politica… esse tipo de assuntos.

- Deixa ver se eu percebo. Começávamos por educar essas pessoas desde muito jovens, desde os 3 ou 4 anos em escolas especiais com professores especiais. Depois continuavam a sua educação estudando Português, Matemática, Musica, Línguas estrangeiras, informática e Desporto. Em seguida ensinávamos-lhe a pensar sobre o mundo em escolas para príncipes mas crescidos onde aprendiam para além disso Geografia, Historia, Literatura, Ciências Naturais, Física e Química, etc. Quando fossem mais crescidinhos até podiam escolher as disciplinas dentro da área que mais gostavam. Claro que poderiam tirar um curso e posterior doutoramento na melhor universidade real e pronto. Tudo isto pago com dinheiro do estado claro. Quando fossem maiores e após tantos anos de educação podiam apresentar-se para serem avaliados em igualdade de competição.

- Já estou a ver onde queres chegar… mas não me apanhas, o Rei era nomeado (não por todos mas apenas pelo parlamento) vitaliciamente! Até morrer, capiche?

- Ok ok. Tudo bem não cedes aí. Mas e se o Rei começasse a fazer disparates por loucura ou por malvadez?

- Aí o parlamento demitia-o!

- Então não era vitalício?

- Era quase, tinha de haver um controlo.

- E se em vez de vitalício o parlamento fosse obrigado periodicamente a avaliar o Rei. Digamos de 10 em 10 anos. Passado esse tempo o parlamento voltava a avaliar o Rei e a renomeá-lo ou não, nesse caso nomeavam outro para ocupar o cargo.

- Pois podia ser não vejo grande problema, até podiam ser períodos mais curtos, desde que fossem suficientemente longos. Tinham de ter alguma representatividade das suas reais competências.

- E isso seria mais ou menos quanto tempo?

- Sei lá no mínimo 5 ou 6 anos…

- Pois. E se em vez de nos apresentarmos todos à molhada para sermos avaliados no parlamento, existissem organizações que nomeavam ou apoiavam candidatos a essa eleição do Rei?

- Eleição? Tas louco? Isso não, jamais!

- Desculpa queria dizer nomeação.

- Ok, aí tudo bem. Até era mais simples. O pessoal organizava-se, discutia as suas ideias e esses grupos nomeavam os melhores de entre eles para serem avaliados. Boa ideia.

- Já agora e que tal em vez de ser o parlamento se fossemos todos nós a decidir. O povo todo. Todos os súbditos!

- Isso era ideal! Mas com fazias isso?

- Como?... Pensa lá…

- Mas isso… isso… não é uma monarquia.

- É sim Sr. é uma Monarquia das bananas!

- Ah, então defendes uma monarquia.

- Sim mas uma Monarquia das bananas!



É que no fundo no fundo há uma só coisa que distingue uma monarquia de uma república. Na primeira é apenas uma família Real que tem o direito e o dever de gerar os sucessivos representantes vitalícios de todos cidadãos. Na segunda o dever e o direito é de todas as famílias dos cidadãos que são chamadas a gerar sucessivamente potenciais representantes reais.

E digam lá se não é muito mais giro sermos todos príncipes e princesas deste nosso querido Portugal?