Minha barca aparelhada
Minha barca aparelhada
solta o pano rumo ao norte ;
meu desejo é passaporte
para a fronteira fechada.
Não há ventos que não prestem
nem marés que não convenham,
nem forças que me molestem,
correntes que me detenham.
Quero eu e a Natureza
que a Natureza sou eu,
e as forças da Natureza
nunca ninguém as venceu.
Com licença ! Com licença !
Que a barca se fez ao mar.
Não há poder que me vença.
Mesmo morto hei-de passar.
Com licença ! Com licença !
Com rumo à Estrela Polar.
António Gedeão
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