quarta-feira, 24 de outubro de 2007

Stupid...





I know I stand in line, until you think you have the time
To spend an evening with me
And if we go someplace to dance, I know that there's a chance
You won't be leaving with me

And afterwards we drop into a quiet little place
And have a drink or two
And then I go and spoil it all, by saying something stupid
Like: "I love you"

I can see it in your eyes, that you despise the same old lies
You heard the night before
And though it's just a line to you, for me it's true
And never seemed so right before

I practice every day to find some clever lines to say
To make the meaning come through
But then I think I'll wait until the evening gets late
And I'm alone with you

The time is right your perfume fills my head, the stars get red
And oh the night's so blue
And then I go and spoil it all, by saying something stupid
Like: "I love you"
("I love you, I love you,...")



Apetece-me ser piegas, o que é que querem?
Não tenho mesmo tempo para postar nada de construtivo...
Muito trabalho aqui no Texas! Um abraço a todos os conjurados que continuam a ler "something stupid" como este blog... ;) ...lol

terça-feira, 23 de outubro de 2007

Lágrima de preta

Encontrei uma preta
que estava a chorar
pedi-lhe uma lágrima
para a analisar.

Recolhi a lágrima
com todo o cuidado
num tubo de ensaio
bem esterilizado.

Olhai-a de um lado,
do outro e de frente:
tinha um ar de gota
muito transparente.

Mandei vir os ácidos,
as bases e os sais,
as drogas usadas
em casos que tais.

Ensaiei a frio,
experimentei ao lume,
de todas as vezes
deu-me o que é costume:

nem sinais de negro,
nem vestígios de ódio.
Água (quase tudo)
e cloreto de sódio.



António Gedeão



Com um beijo Texano para Portugal...

segunda-feira, 15 de outubro de 2007

Répteis marinhos de Portugal . SVP 2007.


Clicar na imagem para aumentar.

Publicado simultaneamente em lusodinos.blogspot.com


À conversa sobre a Evolução...








...
Escrevo-te este mail por uma razão, lançar-te um desafio!! Há uns fins-de-semana atrás estava eu a ver o bbc vida selvagem e, talvez por sentir alguma nostalgia das discussões evolutivas que houve, deparei-me com uma situação, a qual nunca me tinha lembrado. Trata a história disto: Pinguins imperadores, uma espécie que tem a particularidade de viver num dos locais mais agrestes do planeta (Antártida) e por isso se depreenda rapidamente que a selecção natural possa actuar nestes locais de forma talvez mais intensa.

Nesta espécie, ao contrario de muitas aves, não se faz um ninho (por razoes obvias), o que obriga sempre a que um progenitor "segure" um único ovo por cima das patas e encaixado numa prega de pele que o protege contra as intempéries, enquanto o outro se desloca vários quilómetros do local de reprodução para apanhar peixe que levará até ao parceiro e futuro rebento. Convém referir que a comunicação através de chamamentos sonoros é fulcral na identificação de indivíduos do mesmo casal e mesmo entre a cria e o seu progenitor.


Como é de prever, a sobrevivência do pinto neste ambiente é difícil, sendo que muitos morrem nos primeiros dias. Isto para o casal tem uma consequência enorme, pois uma vez que apenas põem 1ovo/ano, é o investimento numa época reprodutiva que se perde. Igualmente, os progenitores não têm a sua sobrevivência facilitada. Esta espécie é muito predada por outros animais (orcas, focas et al.), pelo que é também frequente haverem crias órfãs.
E eis que, finalmente, se sucede algo extraordinário. Aparentemente, as progenitoras que ficam sem pintos para criar, perseguem as crias órfãs para que estas passem a ser suas. Tal é a sua necessidade de maternidade, que chegam a lutar entre si, e podem mesmo vir a matar a cria por esmagamento (a sua forma de dizer: "esta é minha!", é basicamente colocarem-se em cima dela!!!).

A pergunta impõe-se: como explicar a adopção à luz da teoria do gene egoísta? Como se entende que um indivíduo tenha tal necessidade de proteger genes que não sejam os seus? Que esteja de tal forma necessitado que está capaz de sacrificar um enorme esforço da sua parte para criar pintos que não são os seus nem que tenham qualquer razão de parentesco, a não ser, pertencerem à mesma colónia?


Penso que o egoísmo que se vê neste caso passa pela satisfação pessoal do progenitor em ter um filho, mesmo que lhe custe uma elevada quantidade de esforço em criá-lo, não sendo dele. Este facto parece ser corroborado pelo facto de se suceder o esmagamento de pintos com a “corrida” que as mães fazem.
Mas não deveria a selecção natural nestes casos ter favorecido um comportamento que resultaria num maior investimento em massa corporal nesse ano (egoisticamente) para que no próximo ano pudessem ter uma cria mais saudável e resistente, do que, ao invés, gastar as suas energias criando uma cria órfã (comportamento aparentemente altruísta)? Ou será o bem-estar emocional de um indivíduo é superior à sua predisposição genética para o egoísmo puro e simples?



Deixo-te com as dúvidas e fico à espera de resposta e noticias tuas.



Até lá, um abraço e um desejo de felicidades,


Pedro Salgueiro








Oi Pedro!

Como é bom receber noticias tuas, principalmente desta forma. Parabéns por manteres os miolos a funcionar… é algo cada vez mais raro nos dias que correm.



(...)

Pensemos então sobre o teu desafio. Deixa-me só fazer um reparo para te lembrar que não sou etólogo e que, assim sendo, posso facilmente meter o pé na poça. De qualquer modo não resisto em meter uma colherada, cá vamos.



Se bem percebo não consegues resolver o aparente paradoxo que leva genes egoístas a codificarem comportamentos altruístas. Nada há de paradoxal nisto, lembra-te que desde que esses comportamentos contribuam para fazer aumentar o número médio de genes egoístas no pool genético tudo se manterá dessa forma, até que as condições se alterem.



Em especial no teu exemplo dos pinguins imperador temos (julgo eu) duas causas para duas consequências. Há que sublinhar que os pinguins quando perdem os seus próprios filhos têm dois tipos de comportamentos distintos que necessitam de explicação: primeiro procuram cuidar dos filhos órfãos, segundo fazem-no descontroladamente o que pode por vezes levar à morte por esmagamento dessas crias.



Comecemos pelo segundo caso. Aí concordo contigo, parece-me uma consequência inadvertida de uma forte pressão selectiva que foi escolhendo os pais mais obcecados por cuidar de pinguins acabados de nascer. Parece que não houve uma pressão de sentido oposto a esta que fizesse com que os pais (depois de perderem a sua cria) soubessem distinguir perfeitamente os seus filhos dos dos outros. Basta pensar que esses genes egoístas têm outros adversários egoístas nos corpos das crias órfãs. Estes últimos podem maximizar a sua descendência se codificarem algum comportamento que mimetize o pio das crias falecidas. Poderia haver aqui uma luta entre os interesses dos genes dos filhos e dos genes dos pais. Enfim aqui seria necessário investigar, só posso especular. Mas confesso que estou globalmente de acordo com a tua explicação. Ou seja, o ambiente seleccionou só os pais que tinham genes que codificavam para um comportamento obcessivo-compulsivo por chocar pinguins bebes, já que, só pais assim é que poderiam cuidar e aquecer os seus filhos num ambiente tão extremo. E, como consequência, veio por arrasto uma loucura que pode até levar à morte desses bebes.



Assim quanto à tua pergunta :” Mas não deveria a selecção natural nestes casos ter favorecido um comportamento que resultaria num maior investimento em massa corporal nesse ano (egoisticamente) para que no próximo ano pudessem ter uma cria mais saudável e resistente, do que, ao invés, gastar as suas energias criando uma cria órfã (comportamento aparentemente altruísta)?” A minha resposta só pode ser um redondo não. E é não porque por um lado esse “maior investimento em massa corporal” pode só ser possível à custa de um comportamento mais regrado e controlado por parte dos pinguins adultos, e já vimos que pinguins calmos e não obcecados por chocar bebes, tem menores probabilidades de deixar descendentes. Ou seja, a evolução só é perfeita na mediada que ajusta os equilíbrios possíveis e mais estáveis a que os organismos se podem “moldar”. Se esse comportamento de esquecer os filhos órfãos dos vizinhos fosse independente do facto de haver uma real necessidade de só existirem pais obcecados então seria espectável vermos os pinguins e deixarem morrer os outros bebes. Duvido que os genes que codificam uma coisa não interfiram na outra, assim sendo, como esses genes devem só “jogar em equipa” podem gerar comportamentos antagónicos e estáveis se a pressão selectiva por ser obcessivo-compulsivo for mais forte do que a de controlar essa obsessão e cuidar só de si. A primeira pressão deve pesar mais e arrastar a outra como consequência. Aliás tu estás lá bem perto quando fazes a pergunta seguinte… ….só te falta lá um pormenor, isto é, ficaria correcta desta forma: “… o bem-estar emocional de um indivíduo [resultante de genes egoístas] é superior à sua predisposição genética para o egoísmo puro e simples [codificada por outros genes egoístas mas que neste contexto são mais “fracos”]” . Vês a diferença?

O real problema aqui era perceber porque esmagam os filhos adoptivos e não porque cuidam deles. Acho que ficou resolvido.



Relativamente ao primeiro caso sobre o porquê de os pinguins se darem ao trabalho de chocar filhos dos outros “in the first place”. Penso que solução reside numa suposição errada que fazes sem te dares conta. Ao dizeres: “Como se entende que um indivíduo tenha tal necessidade de proteger genes que não sejam os seus? Que esteja de tal forma necessitado que está capaz de sacrificar um enorme esforço da sua parte para criar pintos que não são os seus nem que tenham qualquer razão de parentesco, a não ser, pertencerem à mesma colónia?” partes do princípio que os genes das crias que vão ser chocadas por pais adoptivos não têm outros genes iguaizinhos nos corpos desses mesmos pais adoptivos. Ora eu suspeito que isso não seja bem assim. Aliás duvido que essas colónias não sejam altamente homozigóticas ou que não haja uma elevada taxa de inbreeding . E sabes o que isto significa (se for verdade)? … Vá lá …….. vá…… Bingo! Imensos genes em comum, não só com os seus próprios filhos mas também com os filhos dos vizinhos. Estes são afinal das contas, meios irmãos, primos, tios, etc… Basta fazer correr uns programazinhos informáticos sobre as análises de DNA dessas meta-populações para ver se tenho ou não razão.



Resumindo: Nada há de paradoxal e confuso no comportamento altruísta dos pinguins imperiais à luz da teoria do gene egoísta. É precisamente porque a selecção natural favorece os genes que tem tendência para serem mais (inteligentemente) egoístas é que temos pinguins com comportamentos altruístas. Os genes não hesitam em ser altruístas se esses comportamentos favorecerem os seus interesses egoístas para deixarem mais cópias de si mesmos na geração seguinte.





Que te parece? Convencido?



Um abraço,





Rui Castanhinha

Mais uma pieguice...



Simples

Há qualquer coisa de leve na tua mão,
Qualquer coisa que aquece o coração.
Há qualquer coisa quente quando estás,
Qualquer coisa que prende e nos desfaz.

Fazes muito mais que o sol.
Fazes muito mais que o sol.

A forma dos teus braços sobre os meus,
O tempo dos meus olhos sobre os teus.
Desço nos teus ombros para provar
Tudo o que pediste para levar.

Fazes muito mais que o sol.
Fazes muito mais que o sol.
Fazes muito mais que o sol.
Fazes muito mais...

Tens os raios fortes a queimar
Todo o gelo frio que construí.
Entras no meu sangue devagar
E eu a transbordar dentro de ti.

Tens os raios brancos como um rio,
Sou quem sai do escuro para te ver,
Tens os raios puros no luar,
Sou quem grita fundo para te ter.

Fazes muito mais que o sol.
Fazes muito mais que o sol.
Fazes muito mais que o sol.
Fazes muito mais...

Quero ver as cores que tu vês
Para saber a dança que tu és.
Quero ser do vento que te faz.
Quero ser do espaço onde estás.

Deixa ser tão leve a tua mão,
Para ser tão simples a canção.
Deixa ser das flores o respirar
Para ser mais fácil te encontrar.

Fazes muito mais que o sol.
Fazes muito mais que o sol.
Fazes muito mais que o sol.
Fazes muito mais...

Vem quebrar o medo, vem.
Saber se há depois
E sentir que somos dois,
Mas que juntos somos mais.

Quero ser razão para seres maior.
Quero te oferecer o meu melhor.
Quero ser razão para seres maior.
Quero te oferecer o meu melhor.

Fazes muito mais que o sol.
Fazes muito mais que o sol.
Fazes muito mais que o sol.
Fazes muito mais que o sol.
Fazes muito mais que o sol.

T.B.

domingo, 14 de outubro de 2007

Curioso

Vejam bem, não há só gaivotas em terra...


Descubram as diferenças entre este texto e este:

« Ictiossauros
(...)
Os Ictiossauros eram Répteis bem adaptados à vida aquática que durante o Mesozóico, do Triásico ao Cretácico, teriam ocupado um nicho ecológico mais tarde reservado a alguns Cetáceos, nomeadamente aos golfinhos, com quem aliás manifestavam notáveis convergências morfológicas. Tinham o corpo fusiforme e as extremidades dos membros, devido a um fenómeno de hiperfalangia, estavam transformadas em "barbatanas" próprias para a natação. As suas caudas eram heterocercas com o lobo inferior prolongado. Deviam levar uma vida exclusivamente pelágica sem qualquer contacto com o meio terrestre. Alimentar-se-iam de Cefalópodes, Peixes e, ocasionalmente, ao que parece, de Pterossauros. Eram vivíparos. Foram encontrados embriões no interior de alguns exemplares fossilizados.
Nesta época viveriam na área actualmente correspondente ao nosso país, pelo menos duas espécies distintas de Ictiossauros - Ichthyosaurus (=Temnodontosaurus) intermedius Conybeare e Stenopterygius aff. uniter v. Huene. A primeira é conhecida de vários depósitos Liásicos marinhos: S. Pedro de Muel, Alvaiázere, Casal de Cambra e Praia da Nossa Senhora da Vitória (Sinemuriano); a segunda, de Alhadas, Pentalheira, Praia de Nossa Senhora da Vitória e Tomar (Aaleniano). Restos atribuídos a Ichthyosaurus, são igualmente referidos como provenientes de Cádima, Murtede, Cantanhede e Figueira da Foz e a Stenopterygius de Condeixa e Tomar.
Várias peças ósseas de Ictiossauros encontram-se depositadas no Museu do Instituto Superior Técnico Mineiro e no Museu Minerológico e Geológico da Faculdade de Ciências de Lisboa.»

in http://anabiogeo11.blogspot.com/2007_03_01_archive.html

E agora para algo completamente diferente...


«Os Ictiossauros eram Répteis bem adaptados à vida aquática que durante o Mesozóico, do Triásico ao Cretácico, teriam ocupado um nicho ecológico mais tarde reservado a alguns Cetáceos, nomeadamente aos golfinhos, com quem aliás manifestavam notáveis convergências morfológicas. Tinham o corpo fusiforme e as extremidades dos membros, devido a um fenómeno de hiperfalangia, estavam transformadas em "barbatanas" próprias para a natação. As suas caudas eram heterocercas com o lobo inferior prolongado. Deviam levar uma vida exclusivamente pelágica sem qualquer contacto com o meio terrestre. Alimentar-se-iam de Cefalópodes, Peixes e, ocasionalmente, ao que parece, de Pterossauros. Eram vivíparos. Foram encontrados embriões no interior de alguns exemplares fossilizados.
Nesta época viveriam na área actualmente correspondente ao nosso país, pelo menos duas espécies distintas de Ictiossauros - Ichthyosaurus (=Temnodontosaurus) intermedius Conybeare (fig.9) e Stenopterygius aff. uniter v. Huene (fig.10) (Veiga-Ferreira 1958). A primeira é conhecida de vários depósitos Liásicos marinhos: S. Pedro de Muel (Toarciano Inferior), Alvaiázere, Casal de Cambra e Praia da Nossa Senhora da Vitória (Sinemuriano); a segunda, de Alhadas, Pentalheira, Praia de Nossa Senhora da Vitória e Tomar (Aaleniano). Restos atribuídos a Ichthyosaurus (=Temnodontosaurus) sp., são igualmente referidos como provenientes de Cádima, Murtede, Cantanhede e Figueira da Foz e a Stenopterygius sp., de Condeixa e Tomar.
Várias peças ósseas de Ictiossauros encontram-se depositadas no Museu do Instituto Superior Técnico Mineiro e no Museu Minerológico e Geológico da Faculdade de Ciências de Lisboa (Zbyszewski & Almeida 1952; Veiga-Ferreira 1958).»


In E.G. CRESPO
PALEO-HERPETOFAUNA DE PORTUGAL (2001)


Adivinha:

Qual é a palavra qual é ela que começa por "P", tem "lági" no meio e acaba em "O"?

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É tão querido omitir as fontes, não é?

quinta-feira, 11 de outubro de 2007

Estrela II

Eu caminhei na noite
Entre silêncio e frio
Só uma estrela secreta me guiava

Grandes perigos na noite me apareceram
Da minha estrela julguei que eu a julgara
Verdadeira sendo ela só reflexo
De uma cidade a néon enfeitada

A minha solidão me pareceu coroa
Sinal de perfeição em minha fronte
Mas vi quando no vento me humilhava
Que a coroa que eu levava era de um ferro
Tão pesado que toda me dobrava

Do frio das montanhas eu pensei
«Minha pureza me cerca e me rodeia»
Porém meu pensamento apodreceu
E a pureza das coisas cintilava
E eu vi que a limpidez não era eu

E a fraqueza da carne e a miragem do espírito
Em monstruosa voz se transformaram
Disse às pedras do monte que falassem
Mas elas como pedras se calaram
Sozinha me vi delirante e perdida
E uma estrela serena me espantava

E eu caminhei na noite minha sombra
De desmedidos gestos me cercava
Silêncio e medo
Nos confins desolados caminhavam
Então eu vi chegar ao meu encontro
Aqueles que uma estrela iluminava

E assim eles disseram: «Vem connosco
Se também vens seguindo aquela estrela»
Então soube que a estrela que eu seguia
Era real e não imaginada

Grandes noites redondas nos cercaram
Grandes brumas miragens nos mostraram
Grandes silêncios de ecos vagabundos
Em direcções distantes nos chamaram
E a sombra dos três homens sobre a terra
Ao lado dos meus passos caminhava
E eu espantada vi que aquela estrela
Para a cidade dos homens nos guiava

E a estrela do céu parou em cima
de uma rua sem cor e sem beleza
Onde a luz tinha a cor que tem a cinza
Longe do verde azul da natureza

Ali não vi as coisas que eu amava
Nem o brilho do sol nem o da água

Ao lado do hospital e da prisão
Entre o agiota e o templo profanado
Onde a rua é mais triste e mais sozinha
E onde tudo parece abandonado
Um lugar pela estrela foi marcado

Nesse lugar pensei: «Quanto deserto
Atravessei para encontrar aquilo
Que morava entre os homens e tão perto


Sophia M. Breyner

Estrela










Minha barca aparelhada

Minha barca aparelhada
solta o pano rumo ao norte ;
meu desejo é passaporte
para a fronteira fechada.
Não há ventos que não prestem
nem marés que não convenham,
nem forças que me molestem,
correntes que me detenham.
Quero eu e a Natureza
que a Natureza sou eu,
e as forças da Natureza
nunca ninguém as venceu.
Com licença ! Com licença !
Que a barca se fez ao mar.
Não há poder que me vença.
Mesmo morto hei-de passar.
Com licença ! Com licença !
Com rumo à Estrela Polar.



António Gedeão

sexta-feira, 5 de outubro de 2007

Parabéns Pedro.

E digam lá que não sabe bem ficar em primeiro lugar, à frente de americanos e alemães...
...transcrevo o press release:




















O 1º prémio do Concurso Internacional, Arquitectura e Energias Renováveis, lançado pela Technical Chamber of Greece (TCG) e pelo Work Programme on architecture and renewable energy sources (ARES) da União Internacional dos Arquitectos (UIA), foi atribuído a uma equipa de Arquitectos Portugueses, constituída pelo Arquitecto Responsável João Manuel Barbosa Menezes de Sequeira e pelos arquitectos estagiários Ana Carina Bernardo Figueiredo, Marta João Pimenta Moreira e Pedro Miguel Fernandes Ferreira.


















O objectivo do concurso era a recolha de ideias construtivas inovadoras e exemplos de tipologias para abrigos bioclimáticos e unidades habitacionais que utilizem fontes de energia renováveis, que possam ser inseridas em diferentes localizações, climas e culturas, com a finalidade de criar abrigos temporários para pessoas afectadas por desastres naturais, oferecendo-lhes condições de vida saudáveis, autonomia energética, água potável e respeitando simultaneamente o ambiente onde são inseridos.


















O projecto vai estar exposto no Fórum de Atenas durante Dezembro de 2007, e a entrega dos prémios irá decorrer durante o 23º Congresso Mundial de Arquitectura promovido pela UIA, em Julho de 2008 na cidade de Turim em Itália.


Mais em:

ARES

http://www.arescompetition.com/site/index.php?option=com_content&task=view&id=29&Itemid=64

UIA

http://www.uia-architectes.org/texte/england/ARES2006/results.html

terça-feira, 2 de outubro de 2007

Fear...



Fear of The Dark

I am a man who walks alone
And when I'm walking a dark road
At night or strolling through the park

When the light begins to change
I sometimes feel a little strange
A little anxious when it's dark

Fear of the dark, fear of the dark
I have constant fear that something's always near
Fear of the dark, fear of the dark
I have a phobia that someone's always there

Have you run your fingers down the wall
And have you felt your neck skin crawl
When you're searching for the light?
Sometimes when you're scared to take a look
At the corner of the room
You've sensed that something's watching you

Have you ever been alone at night
Thought you heard footsteps behind
And turned around and no one's there?
And as you quicken up your pace
You find it hard to look again
Because you're sure there's someone there

Watching horror films the night before
Debating witches and folklores
The unknown troubles on your mind
Maybe your mind is playing tricks
You sense, and suddenly eyes fix
On dancing shadows from behind

Coragem



Courage

Some want to think hope is lost
See me stand alone
I can't do what others may want
Then I'll have no home

So for now wave good-bye
And leave your hands held high
Hear this song of courage long into the night
So for now wave good-bye
And leave your hands held high
Hear this song of courage long into the night

And the wind will bear my cry
To all who hope to fly
Hear this song of courage
Ride into the night

Battles are fought
By those with the courage to believe
They are won by those who find the heart
Find a heart to share
This heart that fills the soul
Will point the way to victory
If there's a fight then I'll be there, I'll be there

So for now wave good-bye
Leave your hands held high
Hear this song of courage long into the night
And the wind will bear my cry
To all who hope to fly
Lift your wings up high my friend
Fearless to the end
So for now wave good-bye
Leave your hands held high
Hear this song of courage
Ride into the nigh

(Ditado internético: Quem não tem tempo para escrever escreve com vídeos...)