segunda-feira, 27 de julho de 2009

segunda-feira, 22 de junho de 2009

Sexo, Dinossauros e Darwin


Sendo 2009 o ano Darwin muito já se tem dito sobre o que o próprio escreveu acerca de imensa coisa, mas sobre dinossauros é muito escasso o material existente.
Aqui vos deixo uma passagem do livro The Descent of Man, and Selection in Relation to Sex publicado em 1971. Esta obra teve felizmente uma novissima edição em Português que foi traduzida pela minha colega Susana Varela. É um excelente livro histórico que vale a pena conhecer. Foi precisamente em 1971 que Darwin apresentou uma outra ideia absolutamente revolucionária: a Selecção Sexual. Pensar-se que as escolhas sexuais dos seres vivos poderiam desempenhar um papel fulcral na evolução de estruturas complexas ou extremamente bizarras era, sem sombra de dúvidas, algum de novo e mais uma vez foi um um choque tremendo. Lembem-se que o sexo foi (quase) sempre um tema tabu nas nossas sociedades ocidentais. A Inglaterra victoriana não era excepção, e vir dizer que quem tem o papel mais importante na escolha sexual é a fêmea... era, no mínimo, complicado. Charles Darwin sempre foi um homem do seu tempo nos costumes, mas quanto às suas ideias ciêntíficas esteve quase sempre à frente de todos os outros, é o melhor exemplo que conhecemos para provar que não é necessário ser-se excêntrico para se ser genial. E como qualquer cientista do seu tempo tambem se interessou por dinossauros, reparem então no que ele escreveu:

« Sabe-se que existiram, ou que ainda existem, grupos de animais que servem para ligar, com maior ou menor intensidade, várias das grandes classes de vertebrados. Vimos, por exemplo, que o ornitorrinco passa gradualmente para o lado dos répteis; e o Professor Huxley descobriu que os dinossauros estão, em muitas características importantes, numa posição intermédia entre certos répteis e certas aves – facto que foi confirmado pelo Sr. Cope e outros –, as quais pertencem à tribo das avestruzes (que evidentemente também são o último vestígio amplamente difundido de um grupo outrora mais vasto) e ao arqueoptérix, estranha ave secundária, com uma longa cauda semelhante à de um lagarto. Além disso, e de acordo com o Professor Owen, os ictiossauros – grandes répteis marinhos providos de barbatanas – apresentavam várias afinidades com os peixes, ou melhor, segundo Huxley, com os anfíbios; que são uma classe que, por incluir na sua divisão mais avançada as rãs e os sapos, é manifestamente aparentada com os peixes ganóides. Estes últimos abundavam durante os primeiros períodos geológicos, e eram formados segundo aquilo a que chamamos modelo generalizado, isto é, apresentavam diversas afinidades com outros grupos de organismos. O Lepidosiren, por exemplo, está tão intimamente ligado aos anfíbios e aos peixes que os naturalistas debateram longamente para decidir em qual destas classes o colocar; tanto ele como alguns peixes ganóides foram preservados de uma completa extinção por habitarem em rios que funcionam como pequenos portos de refúgio, visto que estão ligados às grandes águas dos oceanos da mesma maneira que as ilhas estão ligadas aos continentes. » Citação do livro "A Origem do Homem e a Selecção Sexual" de Charles Darwin, cap. 6, página 182.



É reconhecido todo o mérito aos paleontólogos Richard Owen e Edward D. Cope o facto de já se considerar a hipótese de que as aves e os dinossauros estavam mais realicionados do que à primeira vista se poderia pensar. A ideia não era de Darwin, mas é de facto muito engraçado pensarmos que tamanha beleza e complexidade nas formas possa ser tão semelhante na sua origem.



Obrigado à Susana Varela por ter alertado para esta passagem.

domingo, 22 de março de 2009

imagens e direitos

Há coisas transversais em toda a ciência, não é só o empirismo, a reproducibilidade, a universalidade e essas coisas... o cientista é também um ser territorial. Quem já não ouviu falar das disputas de autoria de certos teoremas matemáticos? Quem já não ouviu falar do espanto que Darwin sentiu quando recebeu a carta de Wallace, alegando que tinha tido uma ideia semelhante? Na paleontologia passa-se o mesmo... quem descreveu primeiro o espécime, quem teve primeiro uma dada ideia, tudo isso conta; e até certo ponto com uma certa razão de ser. No entanto, há alturas em que isto se torna absolutamente ridículo. Por exemplo, se formos às reservas do Natural History Museum em Londres e se fotografarmos os espécimes temos de previamente assinar uma declaração de forma e não usamos as fotografias para mais nada a não ser uso próprio para fins científicos... Ora, isto tem algum cabimento? Teria se os fósseis ainda não tivessem sido publicados, mas acontece que muitos deles não foram tocados desde quase do tempo de Darwin, ainda nem a Teoria da Relatividade tinha sido inventada, nem a bomba atómica, nem existia Internet, nem computadores sequer. O que acontece actualmente é que o acesso aos espécimes é actualmente extremamente difícil. E depois há outra questão, é que muitas vezes quando os paleontólogos não publicam (ou demoram a publicar - dizem eles) ficam como que detentores dos espécimes e não deixam que ninguém lhes toque... Existe um episódio
engraçado que nos foi contado pelo nosso colega Jesper Milàn: havia um qualquer paleontólogo na Dinamarca que tinha a seu cargo o estudo de uma colecção de peixes. Mas a colecção tardava a ser estudada e o tal senhor mantinha religiosamente guardados os seus peixinhos trancados num armário... ai de alguém que ousasse só pensar em olhar para o armário!! E bom, o tempo foi passando... e passando... até que o homem morreu e os peixinhos nunca viram a luz da ciência porque se mantiveram bem arrumadinhos e empacotadinhos no armário. Como é que isto é possível? Não sei até que ponto o direito ao estudo pode substituir o direito ao conhecimento universal!

Há solução para este problema? Claro que sim. Basta pensarmos um pouquinho para podermos encontrar várias soluções. E parece por demais óbvio, que não devia ser necessário fazer uma longa viagem à China com uma pesada máquina fotográfica e tripé às costas, para podermos ter acesso, a fotografias de qualidade de fósseis que estejam nos museus do Império do Meio. No século das novas tecnologias e da Internet todos nós partilharmos informação e imagens apenas através de um clique. São milhões e milhões os jovens que partilham imagens e textos sobre si mesmos descrevendo os mais ínfimos detalhes pessoais. Quem não conhece os Hi5, os Orkut e os Facebooks por aí fora...?
Naturalmente, surge uma questão, não podemos fazer a mesma coisa com espécimes de animais importantes? E a resposta é um rotundo sim! Não é preciso ser um génio para o fazer, mas a ideia é de facto genial e ao construirmos bancos de dados online com informação morfológica vamos poder trocar dados muito rapidamente e todos os especialistas terão a vida extremamente facilitada.
Lembrem-se que quem faz anatomia comparada necessita de, como é óbvio... comparar!
A ideia deve ter começado com os bancos de genes online. Ou seja quem mapeava uma parte do genoma de um organismo colocava essa informação (depois de devidamente publicada numa revista da especialidade) online, para todos saberem o que tinha sido descoberto e não perderem tempo a mapear as mesmas partes do genoma dos mesmos organismos... há outras vantagens como permitir que se estudem centenas de genes de centenas de organismos simultâneamente. Já pensaram no poder de análise que conseguimos se todos partilharem os seus resultados? É um pequeno passo para o homem... mas um enorme salto para a Ciência. Nasceu assim o GenBank! Nunca, em toda a história do planeta, tivemos tantas mentes brilhantes a fazer ciência e simultâneamente! E ainda por cima com as melhores ferramentas informáticas e tecnológicas de sempre. O meios nunca foram tão poderosos e nunca tivemos tantos humanos a utilizar esses recursos para conhecermos o mundo.

Por isso, apoiamos com total firmeza iniciativas como o Morphbank ou o Morphobank (sic!). Explorem-nos, usem e abusem deles!
E que o conhecimento científico não permaneça arrumadinho em armários, mas sim livre a todos os que o queiram conhecer e estudar. Cresça floresça e caminhe esta nova ferramenta ao dispor dos sábios do nosso tão precioso mundo.



Este post foi escrito em parceria com Ricardo Araújo.

segunda-feira, 9 de março de 2009

À conversa com...

Vale a pena ver as declarações de um padre católico sobre a Evolução.
Num ano em que se discute tanto a teoria proposta por Darwin e Wallace em 1958, não poderia estar mais de acordo com todas as frase proferidas por este Jesuíta.
Uma lição de humildade e sabedoria comum à ciência e ao cristianismo.



Enormes são as críticas que se podem fazer, mas neste aspecto, somos usualmente muito ignorantes sobre a posição da Igreja. O resultado é, normalmente, colocar todos os religiosos no mesmo saco. Infelizmente somos assim...
Por favor, não percam o resto da entrevista que está disponível no youtube!





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quinta-feira, 12 de fevereiro de 2009

Obrigado!

Nascia há precisamente 200 anos em Inglaterra.

Como homenagem aqui fica o "Eu penso" mais importante da História.


























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domingo, 25 de janeiro de 2009

Theodosius Hryhorovych Dobzhansky


Não tenho grande certeza, encontrei na net pelo menos três referências quanto ao dia do seu nascimento (aqui, aqui e aqui) talvez os registos de nascimento da Ucrânia de 1900 não fossem os melhores.

Mais importante que o dia certo é a obra que deixou. Houve desde Darwin poucos vultos que se destacaram na história da Biologia Evolutiva e Dobzhansky foi um dos maiores.

Fundador da teoria sintética da Evolução ele funde coerentemente a genética com a selecção natural. Amplia toda visão anterior e deixa ao mundo um legado de ciência e conhecimento.

É da sua autoria o famoso ensaio "Nothing in Biology Makes Sense Except in the Light of Evolution".

Feroz anti-criacionista foi durante toda a sua vida um teísta convicto e sempre defendeu que era ridículo pensar-se que para se ser cientista não se podia ser cristão.

Does the evolutionary doctrine clash with religious faith? It does not. It is a blunder to mistake the Holy Scriptures for elementary textbooks of astronomy, geology, biology, and anthropology. Only if symbols are construed to mean what they are not intended to mean can there arise imaginary, insoluble conflicts. ...the blunder leads to blasphemy: the Creator is accused of systematic deceitfulness.


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domingo, 18 de janeiro de 2009

Tréguas?

Israel aparentemente vai fazer um cessar-fogo.

Mas para sabermos com quem é este cessar-fogo, aqui fica uma citação simples da carta fundadora do Hamas (fonte Wikipedia, sublinhados meus):

«Hamas founding charter

  • The preamble includes the sentence: "Israel will rise and will remain erect until Islam eliminates it as it had eliminated its predecessors."
  • Article 7 of the Hamas Covenant states the following: "The Day of Judgement will not come about until Muslems fight the Jews (killing the Jews), when the Jew will hide behind stones and trees. The stones and trees will say O Muslems, O Abdulla, there is a Jew behind me, come and kill him.
  • Article 22 claims that the French revolution, the Russian revolution, colonialism and both world wars were created by the Zionists. It also claims the Freemasons and Rotary clubs are Zionist fronts.

"There is no war going on anywhere, without having their [the jews] finger in it."[125] »

"There is no solution for the Palestinian question except through Jihad. Initiatives, proposals and international conferences are all a waste of time and vain endeavors."

Segundo o Hamas é tudo culpa dos Judeus desde a Maçonaria até ao Rotary club, tudo claro, muito mais que provado: um dos maiores males que já surgiu na Terra.

Na sua carta fundadora o Hamas não é só semelhante ao Nacional-socialismo alemão dos anos 30, é pior!

E ainda há quem ache que se pode dialogar quando uma das partes não aceita rever estes princípios fundadores…

sábado, 20 de dezembro de 2008

20 de Dezembro

Neste dia Em 1996 morria Carl Edward Sagan.

Escritor, exobiólogo, e astrónomo. No nosso céu brilhou mais uma estrela, aqui fica mais uma modesta homenagem.



Primeira parte da sua última entrevista televisiva.

sexta-feira, 12 de dezembro de 2008

Erasmus (o avô)


Faz hoje anos Erasmus Darwin (12 Dezembro 1731–18 Abril 1802), grande pensador e precursor das ideias do seu neto.

Mesmo antes de Lamarck já Erasmus mencionava a evolução das espécies.

"Would it be too bold to imagine that, in the great length of time since the earth began to exist, perhaps millions of ages before the commencement of the history of mankind would it be too bold to imagine that all warm-blooded animals have arisen from one living filament, which the great First Cause endued with animality, with the power of acquiring new parts, attended with new propensities, directed by irritations, sensations, volitions and associations, and thus possessing the faculty of continuing to improve by its own inherent activity, and of delivering down these improvements by generation to its posterity, world without end!"

Que melhor elogio a todos os avôs que este exemplo de homem de cultura.
Foi Naturalista, Médico, Filósofo, Inventor e Poeta.
Costuma dizer-se que a genialidade salta sempre uma geração. Duvido, mas neste caso parece-me que a expressão assenta que nem uma luva.
Sabendo que Charles Darwin (o neto) nasceu 7 anos depois do seu avô paterno ter falecido pouco se fala da influência de Erasmus na personalidade de Darwin mas duvido que tenha tido uma importância marginal. O homens desaparecem mas a obra fica, e a deste avô não poderia ter tido um impacto maior neste mundo.

"The final course of this contest among males seems to be, that the strongest and most active animal should propogate the species which should thus be improved" E. Darwin, Zoonomia,1796



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terça-feira, 25 de novembro de 2008

149 anos e um dia

Publicava-se em Inglaterra a mais fascinante obra da ciência de sempre.
Continuo sem perceber como é que não é de leitura obrigatória em todos os cursos de Biologia, não sei como é lá fora, mas choca-me encontrar colegas que se consideram biólogos sem nunca terem lido uma só linha da Origem.
Não tenho pejo nenhum em dizê-lo.
Com o título: On the Origin of Species by Means of Natural Selection, or the Preservation of Favoured Races in the Struggle for Life, foi mais que um golpe de génio, foi o resultado do trabalho de um cientista reservado e muito pouco dado a aventuras. Essa é uma das características que mais me espanta na personalidade de Darwin a sua modéstia quase a roçar a falta de coragem onde prevalecia uma resistência gigante às mudanças bruscas e, ao mesmo tempo, é nesta mente que germina e nasce talvez a maior mudança de paradigma da humanidade: A teoria da Evolução por selecção natural.
Ele coloca a Biologia de pernas para o ar, como deve estar, iluminando um mundo que assim teria uma matriz puramente empírica para o explicar.
Como é belo ver o Homem pensar sobre o mundo e, sem desculpas fáceis e demasiadas vezes falsas, explicar e compreender o que está fora dele. O Homem pode muitas vezes bastar-se a si próprio, sentimo-nos grandes quando isto acontece. Darwin observou, compilou e integrou uma montanha de factos para chegar às conclusões que expôs na Origem das Espécies.
Muitas vezes nos perguntamos e se não fosse ele... Bom, se não fosse ele, com certeza que viria outro, lembremo-nos que Wallace chegou a conclusões quase idênticas de uma forma completamente independente. Seria outro a descobrir os mesmo processos, mas o espantoso não é que pudesse ter sido outro, o mais espantoso é que não tenha sido outro!
Sempre foi um candidato quase impossível. Não corresponde a nenhum dos nossos estereótipos de cientista genial, nem a Newton, nem a Einstein, nem a Galileu, nem a Humboldt ou Lineu e muito menos a Aristóteles ou Leonardo. Nada disto, Darwin é o mais modesto e acanhado de todos, um banal cidadão Britânico em meados do século XIX. Competente, trabalhador, bem integrado e bem relacionado. Nada mais que isso. E foi até isso que mais deve ter chocado a sociedade Britânica na altura. Que um deles, um entre iguais, estivesse a dizer e a provar que mais não somos que feitos da mesma massa que todos os outros povos e culturas, temos a mesma origem: somos os mesmos. Foi um vulgar que revolucionou o mundo e a forma de nos vermos a nós mesmos.
Não somos mais que todos os outros animais e plantas, todos descendemos da terra, a mãe Terra. Todos somos irmãos e não há povos nem gentes superiores, nem em géneros nem em cores nem em espécies, todos evoluímos em conjunto e foi essa mesma dança que produziu e continua a produzir tantas e tão diversas formas de vida.
Darwin revelou a uma amigo em 1954 que expor a sua Teria da Evolução era "like confessing a murder". Esta expressão seria impensável na boca de qualquer outro revolucionário nas ciências. Darwin é, também ele, um de nós, um entre iguais. Foi um génio, mas bem mais próximo de nós do que dos excêntricos e incompreensíveis vultos da Física, da Matemática, da Química ou de todas as outras artes dos espectáculo.



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As cabeças cheia de ar

Irra, que só deves ter vento na cabeça!
A expressão não podia vir mais a calhar já que dois professores de anatomia da Universidade do Ohio (EUA) publicaram este mês mais um trabalho sobre a os seios paranasais de dinossauros. O estudo "The paranasal air of predatory and armored dinosaurs (Archosauria: Theropoda and Ankylosauria) and their contribution to cephalic architecture." foi publicado na revista Anatomical Record por Larry Witmer e Ryan Ridgely e devo confessar que é do melhor que a paleontologia de dinossauros tem feito nos últimos anos. [Para um europeu como é estranho que o americanos ponham paleontólogos a ensinar anatomia humana aos seus futuros médicos.] E se há uma coisa que estes senhores não têm na cabeça é: ar.

Bom, para dizer a verdade até têm, todos temos! Reparem na figura abaixo e vejam quantidade de ar que a nossa cabeça contem. O azul escuro representa o nosso cérebro, todas as outras cores são preenchidas por ar.

























No que diz respeito aos dinossauros, esses, tinham necessidades realmente ciclópicas e para poderem perder algum do peso da cabeça (cerca de 8% para ser mais específico) acabaram por desenvolver (como eu detesto este verbo aqui) cavidades pneumáticas muito maiores que as nossas. Esses espaços preenchidos por ar são uma solução económica que certos animais, no decurso da sua história evolutiva, acabaram por explorar. A razão é simples, conseguimos aumentar o tamanho atenuando o aumento proporcional do peso sem comprometer a resistência. Experimentem abrir uma placa de cartão e vêm o que quero dizer, já que, o cartão canelado não é mais do que papel e ar! Se o ar existente no interior dessas mesmas placas fosse preenchido por papel teríamos algo mais parecido a madeira que a cartão, claro que seria resistente mas o peso seria muito superior. Muitas vezes é preferível perder 5% da resistência para podermos livrar-nos de 80% do peso.


Claro que para quem tinha uma cabeça que pesava 515 kg qualquer emagrecimento é bem vindo, não dá jeito nenhum ser tão cabeçudo.
No caso dos dinossauros, era extremamente "inteligente" ter a cabeça cheia de ar.




A Evolução é um processo fascinante e muitas outras utilidades poderiam ser extraídas destas cavidades: ressonância para vocalizações e consequente comunicação entre os animais, ou mesmo a amplificação de sons mais difíceis de ouvir, ou até mesmo a termorregulação através do ar respirado... Tudo isto pode ser estudado com o recurso a técnicas de Tomografia Computorizada e de processamento dos dados em software de manipulação 3D. O resultado final são crânios virtuais mais parecidos a esculturas pré-colombianas do que a fósseis do Mesozóico.
Um mundo está ainda por explorar para quem pensava que ter a cabeça cheia de ar não tinha interesse nenhum.




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terça-feira, 11 de novembro de 2008

O que é que os alemães se lembraram

É claro que o Smilodon nunca matou nenhum Tyrannosaurus nem nós descendemos de gorilas mas quero lá saber dos puristas. Está giro e basta.








E sim, a mulher é o futuro.



Encontrei o vídeo aqui.