Transcrevo a notícia publicada pelo Club of Mozambique:
Um estudo arqueológico realizado por cientistas moçambicanos e portugueses, revela a descoberta, na região de Metangula, província do Niassa, norte de Moçambique, de fósseis de répteis mamalianos (sinapsídeos), que se julgam ter habitador a terra há mais de 250 milhões de anos.
A equipa de cientistas dos dois países, conseguiu recolher cerca de quinhentos quilos de ossadas de animais da época anterior ao aparecimento do homem à face da terra.
O feito está inserido num projecto de prospecção e escavação de espécies de animais vertebrados em curso não só no Niassa, como também nas províncias de Tete (centro) e Cabo Delgado (norte), envolvendo cientistas de Moçambique e de Portugal.
A pesquisa visa compreender melhor o passado remoto de Moçambique, promover a investigação científica e proteger o património arqueológico nacional.
Ontem, na apresentação dos resultados das investigações, o cientista português Rui Castanhinha, afirmou estar-se perante uma importante descoberta, uma vez que se determinará o papel daqueles animais no surgimento dos actuais “mamíferos modernos”.
O director do Museu da História Natural (MHN), Manuel Costa Júnior, disse que se espera desta descoberta, que se enquadra no projecto científico internacional denominado PalNiassa, mais novidades, facto que só irá garantir a compreensão do panorama geológico nacional.
“Esperamos mais novidades sobre estes antepassados dos mamíferos modernos. Desta forma, espera-se poder compreender melhor como era o passado geológico de Moçambique e contribuir para o desenvolvimento científico nacional e internacional”, disse Júnior.
Os exploradores dos fósseis afirmaram que apesar de Moçambique não ser o único país a fazer estas revelações, os materiais desvendados apresentam particularidades diferentes dos anteriormente descobertos, daí que vão contribuir de grande formar para desvendar certos mistérios da espécie.
De referir que com este novo cenário geológico moçambicano, o país transforma-se na quarta bacia mundial com descobertas de género, atrás da África do Sul, China e Rússia.
A bacia moçambicana será integrada às outras com a finalidade de se saber como é que estes animais surgiram naquele local e qual é a sua importância para o surgimento de mamíferos modernos.
O material será levado a Portugal para a preparação das condições da sua conservação no MHN e não previsão das datas do regresso ao país, pois dependerá da data da finalização do preparo.
Fonte: RM
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